António Martins Rachinhas, nasceu em Aguieira, freguesia de Valongo do Vouga, concelho de Águeda, em 15 de Fevereiro de 1937.
Concluiu o Curso Comercial na Escola Industrial e Comercial de Águeda, tendo, aos dezasseis anos emigrado para Angola, onde, já depois de casado, estudou à noite, na Escola Vicente Ferreira, em Luanda, tendo aí concluído os seus estudos.
Desenvolveu a sua actividade profissional em três continentes: África, América e Europa. Regressou, definitivamente, à terra onde nasceu em 1977.
A sua personalidade dinâmica e activa, repleta de vontade de impulsionar a freguesia onde nasceu, fez com que se envolvesse activamente em vários projectos autárquicos.
Em 1979 ingressou na política local, tendo exercido o cargo de Presidente da Assembleia de Freguesia de Valongo do Vouga. Foi, durante o exercício deste cargo, que iniciou uma “luta” de doze anos para que fosse criada a “Escola C+S de Valongo do Vouga” (hoje EB 2-3), inaugurada em 1993.
Foi interveniente activo na construção da capela de S. Miguel, em Aguieira, bem como foi determinante a sua acção na aquisição do terreno onde a mesma se encontra implantada, hoje denominado “Largo de S. Miguel” e considerado a “sala de visitas da freguesia”.
De 1983 a 1993 foi deputado à Assembleia Municipal de Águeda, onde exerceu os cargos de Secretário das Comissões do Ambiente e Qualidade de Vida e da Educação.
Foi também Vice-Presidente da Casa do Povo da sua freguesia.
Em 2010, foi eleito membro da Assembleia Distrital de Aveiro do PSD.
Escreveu o livro intitulado “A Escola C+S de Valongo do Vouga: Como, Quando e Porque foi Criada”.
Envolveu-se directamente na elevação de Valongo do Vouga a Vila, de que foi o principal protagonista, culminando com a publicação do livro “A Vila de Valongo do Vouga”, no qual pretende mostrar aos valonguenses os passos mais relevantes dessa jornada.
Mais recentemente, escreveu o livro “A Paróquia de S. Pedro de Valongo do Vouga”, no qual nos mostra variada documentação relativa a esta paróquia e, que complementa o livro anterior.
Pretendeu, deste modo, deixar aos vindouros, documentação diversa, até agora dispersa, bem como outras informações sobre a milenar freguesia de Valongo do Vouga, nas suas mais variadas vertentes, como seja, a educação, a história e a religião.
Fez uma extensa pesquisa das suas “raízes”, que remonta à época dos descobrimentos portugueses, e que documenta o livro “Rachinhas, um Nome, uma Família, uma História”, recentemente publicado, e que vem provar a sua persistência em levar a cabo os projectos em que se empenha.
O quinto livro, por si escrito “Memórias de uma Vida Tricontinental” relata, duma forma circunstanciada, a sua passagem pelos três continentes para onde as vicissitudes da vida o levaram.
Para este seu quinto livro, o Doutor José Manuel Nunes Liberato, Chefe da Casa Civil de Sua Excelência o Senhor Presidente da República Portuguesa, Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, escreveu o seguinte prefácio que retrata, com rigor, o que foi, na realidade, a trajectória deste valonguense:
“ PREFÁCIO
Foi com grato prazer que aceitei o convite que António Martins Rachinhas
me dirigiu para alinhar algumas palavras que sirvam de prefácio ao seu
livro “Memórias de uma vida tricontinental”. Hesitei, no início, pois sinto
não ter competência, engenho e arte para tal tarefa. Passada esta hesitação
inicial reconheci ser meu dever, por um elementar imperativo de amizade,
dar público testemunho da minha admiração pela personalidade do Autor e
pelo seu exemplo de amor à terra onde nasceu e de fidelidade às suas raízes
e origens. Trata-se de um sentimento raro nos nossos dias - e por isso mesmo,
digno de ser enaltecido e sublinhado.
Para além dos livros publicados sobre a sua terra natal, “A Escola C+S
de Valongo do Vouga”, “A Vila de Valongo do Vouga” e “A Paróquia de
Valongo do Vouga” quis o Autor entregar-se, nas horas vagas, a um trabalho
de intensa pesquisa sobre a génese da sua Família recuando quatro
séculos na memória dos arquivos. Eis um labor de enorme persistência e de
indiscutível valor histórico - di-lo alguém que também cultiva a paixão da
genealogia e da história familiar, ainda que nas vestes de simples amador,
no que de mais literal tem esta palavra.
Estas “Memórias de uma vida tricontinental” desvendam um homem de
fortes convicções que sempre guiou honradamente a sua vida e a da sua
Família nos três continentes por onde as correntes da vida o levaram,
afirmando-se também no exercício de funções públicas locais como um
cidadão exemplar que colocou toda a sua energia, coragem e empenho ao
serviço dos outros.
Este livro é também um serviço aos outros. Desde logo, aos leitores, que
convido singelamente a percorrerem o retrato de um português nas sete
partidas do mundo."
Lisboa, 6 de Maio de 2011
José Manuel Nunes Liberato,
Chefe da Casa Civil de Sua Excelência o
Presidente da República